quarta-feira, 27 de junho de 2007

Que país é esse?

“O complexo do Alemão está ocupado pela polícia desde o dia 2 de maio. Na ocasião, a ação tinha como objetivo capturar os responsáveis pela morte dos soldados Marco Antônio Ribeiro Vieira e Marcos André Lopes da Silva, do 9º Batalhão (Rocha Miranda), assassinados com mais de 30 tiros no dia 1º de maio. Desde o início dos trabalhos, os tiroteios são freqüentes. Desde maio já morreram 25 pessoas. A violência na região também deixou cerca de 5.000 crianças sem aulas.” (Folha on line 27/06/2007 - 16h20)

Violência é um termo que, nos últimos anos passou a fazer parte do nosso cotidiano. Seqüestro, assaltos, tráfico, assassinatos, etc. Hoje isso tudo é considerado “normal”.Pessoas roubam por diversos motivos: fome, falta de grana, ou qualquer outro motivo. A vida humana também não vale mais nada. Mata-se por qualquer motivo. Mata-se por qualquer dinheiro.

A megaoperação que vem sendo realizada no complexo do Alemão, zona norte do Rio, é um exemplo disso. A Polícia Militar carioca afirma que é uma questão de segurança pública. Sair atirando em qualquer direção agora é denominado segurança pública? Que segurança é essa em que as pessoas não podem andar nas ruas? Que segurança é essa em que as pessoas são baleadas até mesmo em suas casas? Até mesmo as escolas primárias estão sendo atacadas...

Se somente os criminosos fossem os alvos poderíamos aplaudir a iniciativa da PM. O problema é que muitos civis estão morrendo nessa guerra. Crianças estão morrendo nessa guerra.

Mas fiz alusão ao caso carioca, mas não posso deixar de mostrar também que Vitória não fica pra trás no quesito segurança. Somente hoje, pude contar num jornal de grande circulação na cidade, seis casos de assassinatos. Parece pouco? Isso foi somente o noticiado, mas se buscarmos uma relação na PM, com certeza esse número pode até triplicar...
Como diz um trecho da música do Legião Urbana “...o sangue anda solto... que país é esse?”

Um comentário:

Gui Sillva disse...

Infelizmente quem mais sofre com toda esta situação, são os cidadãos de bem. O que é maioria na favela. pessoas trabalhadoras, honestas e de caráter.
A ocupação na última semana, se deve a proximidade dos jogos Pan-americanos. Não adianta querer chegar metralhando, se falta educação, saúde e condições básicas de sobrevivência.
Parece clichê, mas é o que os políticos ainda não conseguiram entender.
Uma pena.

beijos. se cuide
Gui Sillva