quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O garimpeiro

Olá, Essa semana, o comunicador Luciano Pires trata da contradição entre a velocidade que a internet nos trouxe e a falta de tempo no nosso dia a dia. Boa Leitura!

Achei! Num sebo, a coleção completa da enciclopédia “Conhecer” que a EditoraAbril lançou no final dos anos sessenta. Linda, novinha... Eu não estavaprocurando, mas foi irresistível. Voltei pra casa com doze volumes mais três“dicionários” e um frio no estômago. Quando cheguei preparei minha viagem. Sim, a lembrança que eu tenho de minhaexperiência – aos onze anos de idade – com aquela enciclopédia era deviajar. Pelo tempo e pelo espaço, sem limites de lugares ou assuntos.Afinal, a curiosidade é o atributo mais presente numa criança de onze anosde idade, não é? A Abril Cultural lançou em 1967 a enciclopédia Conhecer emfascículos que eram colecionados até formar um volume da coleção. Então eleslançavam a capa que a gente comprava e levava para um encadernador que nosdevolvia um belo livro vermelho sangue com o nome “Conhecer” em dourado. Ummundo de conhecimento com cerca de 4 mil páginas! Passou a ser rotina aguardar ansioso a chegada do novo fascículo. Queassuntos seriam abordados? E os caras da editora eram espertos, viu?. Nummundo dominado por enfadonhas enciclopédias em preto-e-branco com muitotexto e pouquíssimas imagens, a “Conhecer” vinha repleta de ilustraçõesdramáticas, enormes e coloridas. Cada página virada revelava uma explosão decores! E o que acontecia então eu relatei no texto “Quirópteros” em meulivro Brasileiros Pocotó: “Eu tinha 12 anos. E minha professora de Ciências pediu um trabalho escolarsobre Quirópteros: a ordem dos morcegos. Comprei cartolina (lembra-se?).Pincel atômico. Cola Tenaz (a grande novidade que substituía a gomaarábica). E mergulhei na minha enciclopédia Conhecer. Para encontrar osQuirópteros, eu navegava pela enciclopédia, passando pela Grécia Antiga.Depois, pela história da Grande Muralha da China. Pelos dinossauros. Porcomo funciona um navio. Pelos satélites artificiais... Motivado pelacuriosidade infinita de criança eu viajava pelas páginas, pelas ilustraçõesmulticoloridas, durante horas. Até achar os tais morcegos. Aí, copiava otexto, recortava revistas, colava na cartolina, e, na segunda- feira, levavaaquela coisa amassada para a escola e via a professora examinar e me dar anota. Era assim o processo. E nunca mais esqueci o que são Quirópteros. Oucomo funciona um navio. Ou como morreram os dinossauros...”. Sem perceber, como um garimpeiro eu estava aos poucos juntando um tesouroque seria fundamental para meu futuro: conhecimento. Cada parada naquelaspáginas da Conhecer dava-me uma pepita que eu colocava em meu repertório.Que sorte a minha. Pois refletindo sobre essa garimpagem e a diferença dos processos de hojeque - após o surgimento da internet e de “São” Google - levaram quase aoinfinito nossa capacidade de buscar informações, dei de cara com umacontradição. A curiosidade daquele garoto só podia ser saciada por ele ter um estoquepraticamente ilimitado de... tempo. Eu podia investir o tempo que quisesseem minhas viagens pela enciclopédia. E assim montei meu tesouro. Hoje, quarenta anos depois, “tempo” passou a ser meu ativo mais escasso. Ainternet me dá a oportunidade de otimizar meu tempo. Encontro em segundos oque preciso! Sou um garimpeiro supersônico! Que sorte eu tenho! Mas nãotenho tempo... Não posso desviar minha busca dos Quirópteros para mergulhar fundo na vidade um dinossauro colorido. Ou no telescópio Hubble. Ou no Timor Leste.Preciso ir direto ao ponto. Rápido. Sou um garimpeiro supersônico. Desuperfície. Mergulho no raso, dou uma olhada e volto correndo. O telefoneestá tocando. Alguém está me esperando... Minha nova enciclopédia Conhecer está ali, na minha frente, linda. Esperando que eu tenha tempo pra ela.

*Luciano Pires é jornalista, escritor, conferencista e cartunista.

Deus do impossível

Ministério Apascentar

Quando tudo diz que não
Sua voz me encoraja a prosseguir
Quando tudo diz que não
Ou parece que o mar não vai se abrir
Sei que não estou só
E o que dizes sobre mim não pode se frustrar
Venha em meu favor
E cumpra em mim teu querer
O Deus do impossível
Não desistiu de mim
Sua destra me sustenta e me faz prevalecer
O Deus do impossível O Deus do impossível

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Quase desistir

É impressionante como às vezes sonhamos com algo que é impossível. Constantes experiências me fazem pensar que muitas vezes o que queremos ou buscamos não é para nós.
Pergunto-me: onde está a falha? Em que ponto errei? Sempre tento dar o melhor de mim, mas as coisas não acontecem.
Tentativas frustradas me fazem pensar em desistir. Mas será que realmente o devo fazer?
Em alguns momentos me sinto só, mas sei que é apenas uma sensação, pois sei que Deus estará sempre ao meu lado.
Mesmo cansada, querendo desistir, sei que Ele não me abandonará, e nunca deixará me faltar nada.
Quase desisti, mas vou seguir em frente.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Pedido de desculpas

Por esses dias, passei por situações no trabalho que me deixaram até constrangida em determinado momento.
O fato não é esse. Quando erro, assumo e gosto quado sou corrigida para não permanecer na falha. O problema é quando levamos 'coice' sem motivo..
E isso aconteceu essa semana.
Estava eu, fazendo a matéria de uma suposta bomba que apareceu em uma rua no bairro Santa Luiza. Ao terminar a apuração, chamei uma colega para voltar para a redação, quando esta me disse, de forma não muito educada, para que eu a esperasse terminar seu trabalho.
Foi chocante. Ela descontou em mim o estresse do dia inteiro.
No dia seguinte, essa mesma colega reconheceu o erro e me ligou (ela estava de folga), pedindo desculpas, que não era nada comigo.
Achei sublime a atitude dela.
Muitas vezes nós, como mortais que somos, descontamos nossos problemas em pessoas que não tem nada a ver com a história.
Somos grossos, deselegantes, e não temos capacidade de assumir nossos erros e pedir desculpas.
Acredito que, se situações como essas acontecem, mesmo que não tenhamos culpa, temos que nos aloelhar e deslupar-nos da falha. Ninguém é santo. Ninguém é maior que ninguém, mas podemos tornar-mos humanos superiores com atitudes dignas.
Pense nisso.

Cenas comuns

Fraternal!!!
Ele estava ali, sentado, de frente para mim com aquela criança... um cuidado de pai.
Um carinho impressionante, como jamais pude imaginar que ele pudesse ter por alguém.
Aquela criança poderia ser seu filho, seu sobrinho, ou até uma criança qualquer.
Mas naquela praça, alimentando-se, ele cuidava do menino de forma paternal....
Foi a cena mais linda que presenciei e jamais imaginei que um dia veria.... Queria ser eu.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Susto

É impressionante como muitas vezes não nos preparamos para enfrentar determinadas situações que podem acontecer a qualquer momento em nossas vidas.
Um susto enorme, o coração disparado, o medo de qualquer atitude que pudesse tornar aquela situação constrangedora...
Na última terça-feira (13), encontrei uma pessoa que há muito não via. Na verdade, não era alguém com quem eu quisesse encontrar. E sem perceber, eu já estava diante dessa pessoa completamente sem reação.
Foi algo extremamente casual e complicado. Ter menos de 10 segundos para tomar uma atitude.
Um cumprimento, apenas isso. E foi o mais sarcástico possível.
No mesmo instante, percebi aquela pessoa que, estava tão empolgada e parecia feliz ao me ver, com seu semblante caindo...
Bem, acredito que fiz o mais certo: cumprimentar sem muita empolgação...
Agora não tem mais jeito. The end eternamente....
E não quero voltar ao passado.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ser feliz ou ter razão?

Recebi esse e-mail que faz refletir bastante sobre nossas atitudes diárias...
Vejam:

Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber:

- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...


E ela diz:

- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

Moral da História: Devemos perceber se realmente estamos gastando nossa energia tentando demonstrar que temos razão, independete de tê-la ou não. Será que ter razão é realmente mais importante que ser feliz?

Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Endividados???

Onte, ao assistir o Fatástico, fiquei indignada com a situação da família Amorin, no quadro "Manda quem pode. Obedece quem tem juízo".
E assim é a situação de milhares de famílias brasileiras. Vendem o almoço para terem a janta, mas gostam de manter as aparências.
Aquela família não está conseguindo se manter financeiramente, fazendo conta de centavos para comprar comida, o cartão de crédito está num valor altíssimo, a menina que está administrando o dinheiro dorme num colchão no chão, a mãe não tinha R$ 2,00 para pagar a passagem da filha em um TA, mas compram roupas em lojas de shopping e andam num carro que custa em média R$ 20 mil.
Por quê manter as aparências?!!
Tentar mostrar para os vizinhos que estão podendo enquanto não tem dinheiro para comprar feijão para comer?
Que espécie de boa-vida é essa?
Dá pra entender???

Vou tentar novamente

Pois é amigos, eu bem que tentei mas não consegui cumprir minha promessa de manter o blog atualizado.
Fiquei cerca de dois meses sem publicar nada de novo...
Mas como dizem: 'ano novo vida nova'... promessas novas
Então vou tentar novamente publicar experiências, comentários, dúvidas ou qualquer novidade diariamente...
Vou, a partir de hoje, mas caso não consiga, espero que entendam que é a correria diária.

domingo, 11 de janeiro de 2009

120 palavras da língua portuguesa sofrem mudanças

Em 1º de janeiro, 120 palavras do nosso vocabulário sofreram alterações, com as novas regras da Reforma Ortográfica.

Estudantes terão até o final de 2012 para se adaptarem, já livros, jornais, revistas e todos os tipos de publicações já devem se adequar.

Entre as principais mudanças estão o fim do trema, a ausência das palavras com ditongo aberto e o acento de palavras termiadas em êem, ôo, além de algumas alterações no uso do hífen.

É bom ficar de olho nas mudanças!!!!