segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Onde começa o direito de um e termina o do outro?

Cada dia que passa, o respeito mútuo é menos cotado. As pessoas pensam somente no benefício próprio, independente se vão prejudicar os demais.
Esse fato é percebido principalmente nas manifestações em que determinados grupos pretendem reivindicar seus direitos.
Concordo que as pessoas devam mesmo gritar por melhores salários, condições de trabalho ou até mesmo a regularização da profissão, como aconteceu hoje pela manhã em Vitória/ES.
Gritando pela regularização da categoria para ter direitos iguais aos demais trabalhadores, o Sindicato dos Motociclistas realizou nesta manhã (24) uma manifestação que tumultuou ou trânsito na Segunda Ponte e no Centro de Vitória.
Cerca de 400 pessoas participaram da manifestação.
Agora, eu pergunto: até que ponto esses trabalhadores, comuns como nós, têm o direito de exigir seus direitos e até onde eles podem atrapalhar a vida profissional de milhares de outros trabalhadores?
Com essa manifestação, muitas pessoas tiveram o dia de trabalho cortado, por não conseguirem chegar no horário ao emprego. Será que realmente é justo?
Eu fico profundamente decepcionada com a atitude dessas pessoas que pensam apenas em si próprias. Um bando de EGOÍSTAS. “Eu quero meus direitos por isso vou atrapalhar a rotina dos demais”. Acredito que esse seja o pensamento desses manifestantes.
E eu não digo apenas em relação aos motoboys. Digo também em relação aos motoristas e cobradores de ônibus, médicos, enfermeiros, professores, e todas as demais classes profissionais.
Até onde vai o seu direito e onde começa o meu?

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A que ponto chegamos..... (Essa é pra rir mesmo)

Senador dos EUA processa Deus
O senador Ernie Chamberes, do estado de Nebraska, abriu um processo contra Deus no condado de Douglas.
Conhecido por críticas aos cristãos, o democrata disse no processo, que abriu semana passada, que Deus gera medo e que é responsável por milhões de mortes e destruições pelo mundo. Segundo ele, Deus gerou “inundações, furacões horríveis e terríveis tornados”.
Chamberes comentou que Deus fez ameaças terroristas contra ele e seus eleitores.
Conforme o senador, ele abriu o processo em Douglas porque Deus está em todos as partes.
Segundo Chamberes, a iniciativa foi uma forma de protestar contra o alto número de processos que são abertos pelos americanos que ele considera ridículos.
Ainda não se sabe quem será o advogado de Deus...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Ao vencedor, o desprezo

A sociedade brasileira assistiu no dia 12 de setembro de 2007 a mais um escandaloso espetáculo de horror do sistema político brasileiro.
Ancorados no silêncio, na solidão e em interesses inconfessáveis, 46 senadores da República, apesar de todas as evidências em contrário, decidiram que o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) não é culpado de quebra de decoro parlamentar.
Procurando no dicionário, verificamos que decoro significa “beleza moral que resulta da honestidade e da decência; nobreza; dignidade”. Fazemos isso para ajudar aos nobres senadores que votaram pela absolvição do sr. Renan Calheiros para que entendam o que deixaram de fazer. Talvez esses nobres políticos pensam que enganar o fisco, mentir ao País, utilizar cargo público para benefício particular, entre inúmeras outras acusações, sejam fatos decorosos.
Talvez suas excelências pensem que assuntos do Parlamento devam ser tratados e discutidos apenas pelo Parlamento. Vivem no século XXI, mas suas mentes e corações estão no século XVI. Pensam que a tormenta passará e que tudo voltará a ser como antes. Enganam-se. A sociedade indignada continuará sua busca pela construção da República.
República que não tolera a impunidade, que não aceita o compadrio, que não coaduna com o segredo de assuntos públicos. República que demanda transparência, defesa dos interesses públicos, punição aos culpados e muito mais. Como os Titãs, não queremos apenas comida. Queremos direitos e deveres iguais para todos. Queremos cidadania.
Exigimos do Senado Federal a imediata revogação das sessões e votações secretas. E isso é apenas um primeiro passo. A cidadania, humilhada não ficará. Não desistiremos, resistiremos e insistiremos na busca de nossos direitos de cidadãos. Diferentemente de Quincas Borba e seu discípulo Rubião, no clássico romance de Machado de Assis, proclamamos: “ao vencedor, o desprezo”.

Transparência Capixaba

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Radialista alerta que “negociar” a consciência pode custar a vida


O jornalista e radialista Elias Teixeira em comentário feito no programa Conexão da Rádio Novo Tempo, afirmou que o caso Renan Calheiros deve levar a uma reflexão não sob o ponto de vista político ou jurídico, mas sobre o que não se deveria negociar. “Em questões políticas nem sempre os absolvidos são os inocentes”, opina acrescentando que num contexto onde há possibilidades de acordos e o jogo pelo poder, dificilmente a verdade, de fato, aparecerá à opinião pública como realmente é. .
O jornalista prosseguiu em seu comentário observando, ainda, que é de fundamental importância a sociedade estar atenta ao que se fala sobre democracia, fazendo alusão ao que Calheiros disse depois de ser absolvido do processo de cassação em votação secreta ontem por 35 a 40. “A democracia não pode ser um instrumento institucional, que beneficia interesses particulares. A absolvição de Calheiros foi do interesse dele e dos demais que o absolveram e nesse caso, onde está a vitória da democracia?”, questiona.
Com relação à falta de provas contra Calheiros, o jornalista observou em seu comentário que não haver provas materiais contra alguém não prova sua inocência, e criticou o uso do poder de maneira dissimulada. “Inocência ou não, é mais uma questão de consciência que uma questão jurídica ou regimental. A justiça dos homens não julga a consciência”. O jornalista prosseguiu dizendo que a justiça e a lei podem ser ludibriadas por mecanismos materiais, mas a consciência ninguém pode enganar.
“Negociando a consciência ou não, no fundo todos sabemos se somos culpados ou inocentes no que somos acusados; quando tentamos negociar o que não deveríamos, a vida cobra e cobra caro”, encerra.