quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Radialista alerta que “negociar” a consciência pode custar a vida


O jornalista e radialista Elias Teixeira em comentário feito no programa Conexão da Rádio Novo Tempo, afirmou que o caso Renan Calheiros deve levar a uma reflexão não sob o ponto de vista político ou jurídico, mas sobre o que não se deveria negociar. “Em questões políticas nem sempre os absolvidos são os inocentes”, opina acrescentando que num contexto onde há possibilidades de acordos e o jogo pelo poder, dificilmente a verdade, de fato, aparecerá à opinião pública como realmente é. .
O jornalista prosseguiu em seu comentário observando, ainda, que é de fundamental importância a sociedade estar atenta ao que se fala sobre democracia, fazendo alusão ao que Calheiros disse depois de ser absolvido do processo de cassação em votação secreta ontem por 35 a 40. “A democracia não pode ser um instrumento institucional, que beneficia interesses particulares. A absolvição de Calheiros foi do interesse dele e dos demais que o absolveram e nesse caso, onde está a vitória da democracia?”, questiona.
Com relação à falta de provas contra Calheiros, o jornalista observou em seu comentário que não haver provas materiais contra alguém não prova sua inocência, e criticou o uso do poder de maneira dissimulada. “Inocência ou não, é mais uma questão de consciência que uma questão jurídica ou regimental. A justiça dos homens não julga a consciência”. O jornalista prosseguiu dizendo que a justiça e a lei podem ser ludibriadas por mecanismos materiais, mas a consciência ninguém pode enganar.
“Negociando a consciência ou não, no fundo todos sabemos se somos culpados ou inocentes no que somos acusados; quando tentamos negociar o que não deveríamos, a vida cobra e cobra caro”, encerra.

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