Na última terça-feira, o aeroporto de Congonhas, região metropolitana de São Paulo, foi palco do maior desastre aéreo do Brasil. A dor de centenas de famílias, misturado a um sentimento de revolta dos demais cidadãos brasileiros, além do marketing jornalístico feito em cima da tragédia, tomou conta das manchetes de todos os jornais do país.
No ano passado uma tragédia tão grande como aconteceu no país. 154 pessoas morreram na queda do avião da Gol. O motivo: equipamentos ultrapassados e fora dos padrões mundiais de segurança.
O governo federal não assume que falta investimento na tecnologia aérea, é claro. Ele não quer se sentir culpado por essa “chacina”.
Agora, mais de 180 pessoas tiveram suas vidas findadas de uma forma trágica, por causa de uma pista onde, há anos, aconteceram inúmeros acidentes sem gravidade e nenhuma iniciativa foi tomada.
Mas porque tantas pessoas precisam morrer para o governo perceber que precisa investir? Quantas tragédias mais precisarão acontecer?
334 pessoas morreram em menos de um ano, em acidentes aéreos. Tudo por falta de investimentos (no sistema, na pista, precaução – já que o avião da Tam apresentava defeitos mecânicos desde a semana passada).
E sabe o que mais me irrita? É saber que o Estádio João Havelange (Engenhão) foi construído com verba federal. O custo? A bagatela de R$ 370 milhões. Sem mencionar a Vila Olímpica. Por que sobra tanto dinheiro para construir aparências e nunca para resolver os verdadeiros problemas como equipamentos do setor aéreo, segurança, saúde, educação, etc...
Já sei: o Brasil é o país do futebol!!!!!!!!! Afinal, “aparência é o que interessa, o resto não tem pressa”.*(* referência ao antigo programa de TV Escolinha do professor Raimundo, exibido até os anos 1990 pela Rede Globo de Televisão).
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