Enquanto nós, pobres e mortais, vivemos sob a forca do cartão de crédito e a chibata do cartão de ponto, os imortais do poder do Planalto Central se lambuzam, qual macaco no melado, no cartão corporativo do governo. O corporativo significa que o cartão tem um corpo que engorda a cada compra de bolachas e pão com salame na padaria da esquina. E esquina, como se sabe, é lugar em Brasília tão inexistente quanto uma nota fiscal de verdade por aquelas bandas.
Eu tenho uma tese sobre a demissão da ministra-secretária Matilde Ribeiro que caiu pelo uso indevido do cartão. É que na sua pasta ela cuidava da igualdade racial e resolveu praticar igualdade em outros setores. Igualdade na ida às compras, por exemplo.
Matilde tentou igualar-se aos serviçais do Palácio do Planalto que compraram na feira do Paraguai de Brasília, mas quis ser mais igual que eles e foi às compras num free-shop. Foi onde ela praticou a igualdade dos povos latinos: fez-se de consumidora paraguaia, mas demonstrou que não passa de uma muambeira brasileira de péssimo gosto. Qual Terezinha, deu a queda e foi ao chão.
Teve gente na Aeronáutica que usou o cartão em loja de ursinhos de pelúcia. Prova de que a turma do ar anda necessitada de abraçar um bichinho para suprir a carência de muitas horas de vôo, ou melhor, muitas horas de espera nos aeroportos. Consta que só quando eles agarram um ursinho de pelúcia com força e jeitinho é que sobem aos céus. Sem querer, descobriram a solução pra que os aviões decolem sem atraso.
Outro que foi acusado de usar indevidamente o cartão corporativo foi ex-ministro Zé Dirceu. Será que ele usou pra pagar a cabeleira nova, o transplante capilar que fez recentemente? Dirceu nega de pés juntos, dedos cruzados e cabelos em pé, porque, afinal, ele agora tem cabelo de sobra pra esconder o que se passa em sua cabecinha de vento... um vento, diga-se, que derruba qualquer peruca que passa pela sua frente. Com a volta às aulas, tem empregado do Lula querendo usar o cartão na papelaria e comprar caderneta nova para dona Marisa. Servirá para a primeira-dama fazer anotações das suas compras e dos procedimentos cirúrgicos que a tem transformado numa Marta Suplicy antes da enchente. Incluindo nas anotações a data do último botox que, aliás, foi ontem ou anteontem,
dependendo do dia em que o nobre leitor estiver me lendo.
Quando vi que o ministro dos Esportes pagou uma tapioca no cartão, resolvi pedir ao Lula um cartão papa-pamonha e picolé da Jellso pra me empapuçar no verão. A idéia é ficar com o mesmo papo grande dos que entram de boca nas benesses do poder. O que, convenhamos, pode gerar uma nova modalidade de uso do dinheiro público: o cartão bicho-papão, um velho conhecido dos que sempre morderam as tetas governamentais.
Eu tenho uma tese sobre a demissão da ministra-secretária Matilde Ribeiro que caiu pelo uso indevido do cartão. É que na sua pasta ela cuidava da igualdade racial e resolveu praticar igualdade em outros setores. Igualdade na ida às compras, por exemplo.
Matilde tentou igualar-se aos serviçais do Palácio do Planalto que compraram na feira do Paraguai de Brasília, mas quis ser mais igual que eles e foi às compras num free-shop. Foi onde ela praticou a igualdade dos povos latinos: fez-se de consumidora paraguaia, mas demonstrou que não passa de uma muambeira brasileira de péssimo gosto. Qual Terezinha, deu a queda e foi ao chão.
Teve gente na Aeronáutica que usou o cartão em loja de ursinhos de pelúcia. Prova de que a turma do ar anda necessitada de abraçar um bichinho para suprir a carência de muitas horas de vôo, ou melhor, muitas horas de espera nos aeroportos. Consta que só quando eles agarram um ursinho de pelúcia com força e jeitinho é que sobem aos céus. Sem querer, descobriram a solução pra que os aviões decolem sem atraso.
Outro que foi acusado de usar indevidamente o cartão corporativo foi ex-ministro Zé Dirceu. Será que ele usou pra pagar a cabeleira nova, o transplante capilar que fez recentemente? Dirceu nega de pés juntos, dedos cruzados e cabelos em pé, porque, afinal, ele agora tem cabelo de sobra pra esconder o que se passa em sua cabecinha de vento... um vento, diga-se, que derruba qualquer peruca que passa pela sua frente. Com a volta às aulas, tem empregado do Lula querendo usar o cartão na papelaria e comprar caderneta nova para dona Marisa. Servirá para a primeira-dama fazer anotações das suas compras e dos procedimentos cirúrgicos que a tem transformado numa Marta Suplicy antes da enchente. Incluindo nas anotações a data do último botox que, aliás, foi ontem ou anteontem,
dependendo do dia em que o nobre leitor estiver me lendo.
Quando vi que o ministro dos Esportes pagou uma tapioca no cartão, resolvi pedir ao Lula um cartão papa-pamonha e picolé da Jellso pra me empapuçar no verão. A idéia é ficar com o mesmo papo grande dos que entram de boca nas benesses do poder. O que, convenhamos, pode gerar uma nova modalidade de uso do dinheiro público: o cartão bicho-papão, um velho conhecido dos que sempre morderam as tetas governamentais.
Texto: Jace Theodoro
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